quinta-feira, 10 de março de 2011

A Evolução das Regras Visando o Espetáculo no Voleibol

Como havia dito antes, pesquisei um texto bem interessante que irá nos auxiliar durante as discussões em sala de aula sobre as implicações diretas e indiretas da Evolução do voleibol no dia-a-dia do cidadão que acompanha e/ou pratica a modalidade.
Ao fazer a leitura você fará uma "viagem" pela história e poderá observar que o voleibol tem servido, ao longo do tempo, a interesses diversos, e para que o objetivo seja alcançado o dinamismo e a "espetacularização" do voleibol precisa estar presente neste cenário.
Boa leitura.
Prfº Adilson Gonçalves
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Em 1957, o voleibol é reconhecido como desporto olímpico, tendo a 1ª disputa por medalhas em 1964 nos Jogos Olímpicos de Tóquio.Em 1947 surge a FIVB, com sede em Paris,  e visando uma maior organização, a Federação Japonesa adota as regras internacionais decidida a introduzi-las em todo o continente asiático.
A partir da década de 80, o voleibol começa a ser visto como um ótimo meio de comercialização de produtos esportivo. Este fenômeno apresenta uma vertiginosa escalada na década de 90 e, a FIVB, já tendo o mexicano Rubem Acosta na presidência (eleito em 1984) e já na nova sede na Suíça, vê-se com a obrigação de alterar algumas regras para a melhoria do voleibol enquanto espetáculo, já que a alta performance alcançada pelas equipes vinha tornando enfadonhas as competições.
No século XXI há o surgimento de equipes como a do Brasil (comandada pelo técnico Bernardinho) e Sérvia e Montenegro que vieram contribuir com o voleibol espetáculo, já que este vinha sucumbindo ao voleibol força imposto por seleções como Rússia, Itália e Polônia.
AS ALTERAÇÕES NA REGRA
1921 – Uma linha é traçada sob a rede dividindo o campo de jogo em duas metades iguais.
1937 – Múltiplos contatos com a bola são permitidos particularmente em defesas provenientes de ataques “violentos”.
1942 – A bola poderá ser tocada com qualquer parte do corpo acima do joelho.
1947 – Somente aos jogadores da 1ª linha (posições 2, 3 e 4) serão permitidas as trocas de posição para o bloqueio e o ataque.
1948 – Após a Guerra as regras foram reescritas de modo que fossem mais facilmente interpretadas. O serviço (saque) foi limitado a uma área de 3 metros na linha de fundo, sendo necessária que cada jogador mantivesse sua posição durante o serviço, e intervalo entre os sets seria de 3 minutos, e tempo pedido pelo técnico passaria a ter a duração de 1 minuto.
1953 – Durante o Congresso da FIVB, foram definidas as ações do árbitro e a terminologia a ser adotada.
1957 – Foi dada consideração à entrada de um 2° árbitro.
1959 – No Congresso realizado em Budapeste foi decidida a limitação da invasão na quadra adversária com o pé que ultrapassava totalmente a linha central.
1964 – Aos bloqueadores é permitido o 2° toque após o toque feito durante a ação de bloqueio.
1968 – O uso das antenas para delimitação do espaço aéreo da quadra foi recomendado.
1974 – No Congresso realizado na Cidade do México ficou decidido que os 3 toques após o bloqueio seriam permitidos.
1982 – A pressão da bola é alterada de 0,40 para 0,46 kg/cm2.
1984 – Fica proibido após as Olimpíadas de Los Angeles o bloqueio do saque.
1988 – Foi aprovada a mudança do 5° set para o Rally-point System, no qual cada saque equivale a 1ponto.
1992 – Quando o set estiver empatado em 16-16, o jogo irá continuar até uma equipe obter dois pontos de vantagem.
1994 – Foram aprovadas novas regras que seriam introduzidas em 1995, que a bola poderá ser tocada com qualquer parte do corpo (inclusive os pés), a zona de serviço se estenderá por toda a linha de fundo e a eliminação dos “dois toques” na 1ª bola vinda da quadra adversária;
1996 – Uma bola que tenha ido para a zona livre adversária por fora da delimitação do espaço aéreo poderá ser recuperada. A mão poderá tocar a quadra adversária desde que, não ultrapasse completamente a linha central. A linha de ataque terá um prolongamento de 1,75m com linhas tracejadas de 15 cm com espaçamento de 20 cm. Diminuição da pressão da bola (0,30 – 0,325 kg/cm2).
1998 – Começa a ser testada a adoção do Rally-point System com 25 pontos nos quatro primeiros sets e 15 pontos no tie-break. A mudança da cor da bola, a introdução do libero e uma maior liberdade por parte dos técnicos para darem instruções (entre a linha de ataque e o fundo da quadra).
2004 – A nova regra em relação à “bola presa” na disputa por jogadores adversários na rede.
2008 – Será permitido invadir a quadra adversária com qualquer parte do corpo, desde que uma parte dos pés do jogador esteja sobre a linha central ou dentro da quadra de sua equipe. Não será permitida a invasão caso haja contato direto com o adversário por baixo da rede.
Ao toque na rede, só será falta quando o jogador tocar no bordo superior ou na antena na parte de cima do bordo superior. Os atletas poderão tocar na malha da rede desde que esta ação não seja uma vantagem para a sua equipe, não atrapalhe o jogo do adversário, e ele não se apóie na rede para realizar o movimento.
2009 – As equipes poderão ter dois líberos inscritos entre os 14 jogadores. No entanto, somente um poderá atuar. Caso haja a troca direta de um líbero pelo outro, por qualquer motivo, o jogador que for trocado não terá o direito de retornar à partida.
Conclui-se que, até o surgimento da FIVB, poucas foram as mudanças nas regras havendo, inclusive, uma grande variedade destas, de acordo com a região praticante do desporto. A partir de 1947, com o advento da FIVB, começa uma reestruturação das regras visando a unificação das várias versões assim como, um maior dinamismo do desporto.
A grande dúvida era: como promover este dinamismo que privilegiava o voleibol espetáculo? Para a FIVB estava claro. Era preciso moldar a regra para que a virulência cedesse vez ao espetáculo. O ataque está muito superior à defesa: então, vamos privilegiar a defesa dando a ela recursos legais para tal.
Foi assim até meados da década de 80, havendo diversas mudanças na regra com o intuito de modernizar cada vez mais o esporte.
A partir de meados da década de 80 até os dias de hoje, é o período de grandes contratos publicitários e da grande cobertura da mídia assim como, de grandes premiações nos torneios organizados pela FIVB. É uma época de adequação do jogo ao formato televisivo. Partidas com uma duração menor para adequação à grade, bolas coloridas permitindo uma melhor visualização pelos telespectadores, um jogador especialista na defesa para aumentar o tempo do rally, maior interatividade dos técnicos junto aos atletas e o tempo técnico foram algumas das mudanças propostas para a melhoria do espetáculo junto à TV, que com todo o seu poderio econômico, é um grande parceiro do desenvolvimento deste esporte no mundo.
Desta forma junto ao público, que vinha ficando desmotivado e as mudanças feitas pela FIVB, adequaram o jogo aos padrões televisivos e assim voltou o interesse do público pelo jogo, que vinha se tornou mais plástico com as mudanças na regra.
Fonte: http://nipobrasileiro.wordpress.com/2008/11/16/a-evolucao-das-regras-visando-o-espetaculo-no-voleibol/

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